sexta-feira, 7 de junho de 2013

Diário de Viagem: Madri - Capítulo 3

31.03




Sabe aquela sensação de participar de uma tourada (nem que seja só assistindo)?


A expectativa do toureiro antes de soltarem o touro em sua direção...

Os gritos de olé dos espectadores...

As dezenas de fugas do homem do lenço vermelho...

As inúmeras quase chifradas que se leva, ou se dá dependendo de pra quem se torce...

Pois bem, também não conheço essa sensação!

Mas a visita à Plaza de Toros de Madri te remete a essas imagens que sempre temos em mente quando o assunto é tourada.



Mas o domingo madrileno é efetivamente completo só - e somente só - se você se juntar a uma horda de locais e turistas pelas ruazinhas apinhadas de barracas vendendo de tudo que se possa imaginar.

Não, não é sonho - nem pesadelo!

Você está em El Rastro, o mercado popular de artesanatos e variedades de Madri.

Agora, apesar de encontrar um monte de bugigangas, brinquedos para as crianças, objetos de couro, arte etc., o passeio não teria sido o mesmo se não tivesse entrado na San Millan, uma dessas cervejarias que já se fundiram em minha memória afetiva com a Espanha, ou com Madri pelo menos.

Na calçada, dezenas de mesas e cadeiras ordenadas de forma meio desordenada (ou de um jeito que ainda não pude compreender).


Ao abrir a porta do salão, um balcão ao fundo, uma meia dúzia de barris - daqueles de madeira mesmo, como nos filmes de piratas - servindo como apoio para uma infinidade de clientes que tentam conversar entre si por cima da gritaria dos garçons por detrás da "barra" - o balcão - formando um coro ensurdecedor de vozes por todo o ambiente.

O barulho diminui quando você atinge a "barra" e pede seu prato e suas duas "cañas" por módicos €5!

Parece que todo o universo pára enquanto você aprecia suas garfadas de tortilla regadas à cerveja local.



A noite foi reservada para um dos lugares que parece ter sido feito para fazer novas amizades: um estádio de futebol.


Ainda no Brasil tinha comprado pela internet o ingresso do jogo do terceiro time do campeonato - o Atlético de Madrid -, o que ofereceria ainda a satisfação de conhecer mais um estádio europeu - o Vicente Calderón.


Para amantes do esporte, como eu, é uma experiência daquelas que gostaríamos de ver no Brasil. Poder ver um jogo de um dos melhores campeonatos do mundo, num estádio bem estruturado e cheio - apesar da chuva -, com jogadores de primeira linha em campo e ainda por cima com uma torcida que não pára quieta um minuto sequer!

Aí, terminado o jogo, você chegando em casa, aquela fomezinha de fim de noite, escolhe a saída errada do metrô, sobe as escadas e se depara com um lugar que nunca viu na vida...

Poxa, sair procurando a rua do hotel quase meia-noite e o estômago pedindo alguma coisa é crueldade.

Nessas horas que o destino joga a favor, entrei numa padaria - isso mesmo! tinha uma padaria aberta essa hora da noite de um domingo no bairro do meu hotel em Madri - pra perguntar sobre a rua que deveria ir.

Como o destino é meio brincalhão, o barista não conhecia minha rua, então toquei a procurar sozinho.

Até que não foi muito difícil encontrar, daí que resolvi matar aquela fome...

Voltei pra padoca!



FachIndica:


Plaza de Toros de Las Ventas - Calle Alcalá, 237

El Rastro - Plaza de Cascorro

Cerceveria San Millan - Calle Toledo, 61

Estación de Atocha - Plaza del Emperador Carlos V

Estádio Vicente Calderón - Paseo de la Virgen del Puerto, 67

Nurielle - Calle de Juan Bravo, 52 (esquina com Calle del Conde de Peñalver)

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