domingo, 30 de junho de 2013

Diário de Viagem: Porto - Capítulo 3

13.04


Hoje o dia foi de muita correria pra fechar as malas - com tudo dentro, óbvio -, dar uma última olhada na cidade e partir de volta pra casa.


Mas deu tempo - e como deu - pra apreciar o excelente restaurante na esquina da Estação de São Bento.

Com serviço de menu - você escolhe dentre várias opções de entradas, pratos principais e sobremesas e monta seu próprio combo - a preços bem em conta e a comida é das melhores que comi na viagem.



Eu, por exemplo, por €20 comi uma salada caprese, um fofo - ou suflê - de bacalhau, um financier de amêndoas com sorvete de canela, além de vinho e café.

Retorno garantido quando estiver no Porto.




FachIndica:


Restaurante Astória - Hotel Intercontinental - Praça da Liberdade, 25

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Diário de Viagem: Porto - Capítulo 2

12.04


O segundo dia - o mais turístico na acepção da palavra - também serviu pra provar que nem tudo funciona sempre bem nas viagens.


Depois de uma manhã agradável em Gaia - a cidade do lado de lá do Rio Douro -, apreciando a vista do Porto, passeando pela orla e degustando a harmonização de vinhos do Porto com chocolates, tivemos - eu e uns coleguinhas - que esperar por quase uma hora até o próximo ônibus vir nos pegar.

O detalhe positivo é que na Cave que visitei - e onde degustei dois vinhos do Porto - havia, além do excelente atendimento, sofás para sentar e barris de vinho para apoiar as taças, um quiosque com chocolates para a harmonização. As combinações ficaram bem boas: tomei um branco acompanhado de um bombom de mel, o tinto teve a companhia de uma trufa de framboesa.

Mais à noite - do lado de cá da orla, que merece a visita - acabei parando no Restaurante Vinhas D'Alho (não vou dar o endereço, mas fica o nome para o caso de você passar em frente).


O lugar é bonito, boa vista, cara de bom... Mas a sucessão de decepções começa pelo fato de você não poder tirar foto do lugar (!?), seguida pela demora entre pedir a conta e ela chegar, soma-se aí que a conta veio errada, e quando veio certa ainda levei um tempão pra conseguir pagar...

Mas o pior de tudo foi ter que assistir a uma discussão insana entre a dona do lugar e um garçom que solenemente se recusava a respondê-la com o mínimo de respeito, parecia acreditar ser ele o dono do estabelecimento e que representava um papel forçado de simpatia à frente dos clientes.

Espero ter sido eu - por falar português e, por consequência, entender o que eles diziam - o único a captar os detalhes da discussão, mas seguramente quem prestasse um pouco de atenção iria notar que o tom da "conversa" não era nada agradável.



FachIndica:


Cafeteria Nata - Rua de Santa Catarina, 499

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Diário de Viagem: Porto - Capítulo 1

11.04


O primeiro dia no Porto foi uma grata surpresa, especialmente pra quem não sabia exatamente o que encontrar. E muito se deve às pessoas que conheci por aqui.

O trajeto entre o aeroporto e o hotel foi brindado pelo taxista que me explicava os principais pontos por onde passávamos e recheando os comentários com dicas sobre a cidade.

Entramos inclusive num papo sobre as diferenças entre o Porto e a capital, Lisboa, tendo chegado à conclusão que as únicas coisas que as assemelham são a presença de um rio e do mar, nada mais.


E toda esta cordialidade foi comprovada por Silvia, a recepcionista do hotel, que - mesmo já estando de saída - se prontificou a me mostrar pessoalmente o restaurante e o bar do hotel, além de circular no mapa da cidade os pontos turísticos e gastronômicos do Porto.


Aqui vai uma dica, o hotel é muito bom e bem localizado. Os outros que pesquisei ficam numa área mais residencial, porém me pareceram de mais difícil acesso.

No já habitual tour de reconhecimento, conheci Luciano, motorista de um daqueles ônibus turísticos de dois andares. Um senhor simpático e que gastou quase todo o tempo da parada que fazia para me explicar o trajeto do ônibus, os pontos de paragem - como se diz por aqui - e oferecer a última corrida do dia como cortesia.

Mas a grande surpresa estava reservada pra noite! O jantar no Postigo do Carvão foi uma dessas experiências para a vida.

Garçons educados e gentis te recepcionam, desejam "bom apetite" aos clientes e retornam às mesas para checar se está tudo certo.

O dono do restaurante prepara drinks de boas vindas e, pessoalmente, veio  me oferecer uma salada e perguntar como estava o prato, mesmo estando a limpar pratos, guardar taças e cuidar do filho de uns 7/8 anos que zanzava pelo salão.

Eles ainda servem uma série de entradas - não perca o bacalhau empanado - e o prato é tão bem servido que daria pra alimentar duas pessoas certamente.



FachIndica:


Hotel Teatro - Rua Sá da Bandeira, 84

Restaurante Abadia do Porto - Rua Ateneu Comercial do Porto, 22-24

Restaurante Postigo do Carvão - Rua da Fonte Taurina, 24-34

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Diário de Viagem: Barcelona - Capítulo 6

10.04


Ah, eu tinha que dar uma segunda chance ao Barri Gòtic, né?

Não poderia ir embora de Barcelona sem tentar entender ou sentir um pouco mais de um dos ambientes mais característicos daqui.

Andar por La Rambla, xeretar as barraquinhas, entrar nas lojas do labirinto gótico, tudo isso faz parte da alma barcelonesa.

Um pouco de sorte, um pouco de acaso me fizeram achar hoje - diferente da primeira passagem por aqui - a Plaça Reial com certa facilidade.


É um lugar cheio de bares e restaurantes, encravado no meio de prédios antigos e bem ao lado de La Rambla.

Aí entra a sorte de ter pesquisado ontem um lugar pra almoçar e ter encontrado o Les Quinze Nits, de comida muito boa, mas que reserva o melhor pro final...

Não deixe de provar o helado de turrón con galleta, espetacular! Talvez a melhor sobremesa da viagem.


Outra coisa que não poderia ficar como estava era minha impressão com a torcida do Barça, quieta no sábado em partida pelo Campeonato Espanhol, hoje em jogo de Champions não poderia ser o mesmo.

Ainda mais porque o adversário é muito superior ao anterior e um resultado positivo os levaria à semi-final da competição.

E isso mudou, desde cantar o hino do clube antes e depois da partida, como cantar a todo momento de dificuldade por que o time passou durante o jogo e também na tentativa de calar o barulho da pequena, mas inquieta torcida adversária.



O time não jogou bem, se complicou ao tomar um gol que os deixaria de fora da competição, mas o talento do craque mudou o destino do jogo.

Messi, no banco por contusão e ainda não recuperado totalmente, entrou no segundo tempo, com placar adverso e fez duas belas jogadas - uma delas a do gol de empate - e não mais, era como se o time jogasse com um a menos...

Por sorte - ou extrema competência - o "pouco" que ele fez foi suficiente para mudar o time. O empate levou o Barça às semi-finais.



FachIndica:


Restaurante Les Quinzes Nits - Plaça Reial - Passatge Madoz, 3-5

Il Caffè di Roma - Avinguda Diagonal, 466

domingo, 23 de junho de 2013

Diário de Viagem: Barcelona - Capítulo 5

09.04


É impressionante como a imagem dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, ainda estão presentes na minha memória.


Imagino que seja uma consequência do fato de ter sido o primeiro grande evento esportivo que acompanhei, além de ter tido momentos marcantes para nós, brasileiros, como a inesquecível medalha de ouro do time de vôlei masculino, numa final histórica contra a Holanda.


Agora, mais gostoso que relembrar esses fatos por estar na cidade onde tudo isso aconteceu é poder visitar o lugar onde essas coisas foram realidade.

Subindo o Montjuïc - Monte Judeu em catalão, já que no passado aqui em cima havia um cemitério judeu -, encontrei o Poble Espanyol, um local construído com inspiração em várias vilazinhas ibéricas e casa do artesanato barcelonês.

Aqui encontrei desde esculturas em vidro, trabalho com cortiça, ferro, cerâmica, sabonetes artesanais, fotografias, até a barraca de sorvete de um brasileiro de Sorocaba, na Espanha há 13 anos.

Foi bom botar a conversa em dia com um conterrâneo depois de dez dias de viagem, captar suas percepções da situação na Europa e como é a vida de alguém fora de seu país. Só tenho a agradecer à moça romena da loja de chocolates artesanais, que me deu a referência.

Mas voltando ao tema olímpico - impulsionado em nossas mentes e corações, já que em breve seremos nós o país das Olimpíadas -, é bom ver que a estrutura montada ainda continua em excelente estado, servindo não apenas para a prática esportiva dos espanhóis, mas também como local de intensa visitação turística.


Ali é possível visitar, por dentro, o Estadi Olímpic, contruído em 1929 e aproveitado para as principais cerimônias e disputas dos jogos de mais de 70 anos depois. Consegui ver ainda o Palau Sant Jordi - o ginásio dos jogos -, as piscinas olímpicas - cheias de nadadores -, e o parque muito bem arquitetado que integra todo esse complexo.


O Montjuïc ainda me proporcionou visitar o (mini) museu olímpico e a Fundació Joan Miró, mas há mais a ver lá em cima.


Começo da noite e eu vim parar no George Payne Irish Bar, pertinho da Plaça Catalunya, para assistir aos jogos de terça-feira pelas quartas-de-final da Champions League.

Lugar animado, cheio de gente jovem, boa comida, a sempre tradicional seleção de cervejas e jogos de arrebentar, que levaram - com muita emoção e sustos - Real Madrid e Borussia Dortmund às semi-finais da competição.




FachIndica:


Restaurante Dehesa Las Encinas - Carrer Loreto, 30

George Payne Irish Bar - Plaça de Arquinaona, 5

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Diário de Viagem: Barcelona - Capítulo 4

08.04


Roteiro turístico total hoje! Com direito a ônibus de dois andares e tudo...

Confesso que ainda estava meio cético quanto às belezas da cidade, já que não me interessei muito pelos museus daqui e o mote "Barcelona de Gaudì", martelado até cansar, na verdade mais cansava mesmo do que empolgava.

Tinha a impressão de que eram aquelas obras modernistas demais, cheias de conceitos tão subliminares que só os mega estudados de arte saberiam encontrar (ou nem eles)...

Mas vou dizer que a Barcelona de Gaudì que encontrei foi fascinante!

A começar pela Casa Batllò, obra prima que concentra um visual ultra diferente, mas com conceitos tão simples que até uma criança pode entender.

Minha sorte foi ter lido um email de uma amiga que dizia textualmente "não economize na entrada da Casa Batllò"...

E é exatamente isso, ainda que o preço seja meio salgado, em dois minutos dentro da casa você vai se esquecer completamente do que pagou.

O roteiro gaudiniano ainda me levou à Sagrada Familia - de interior impressionante - e ao irresistível Park Güell - de onde se pode ter uma vista belíssima da cidade.


Sabe o que é ainda melhor? Existe um combo em que, na bilheteria da catedral, você compra os ingressos da igreja e do museu/casa de Gaudì no parque por um preço reduzido.


Ainda sobrou tempo para ajudar duas senhoras francesas na saída do Park Güell e um grupo de brasileiros no Camp Nou.



FachIndica:


Café The Times - Carrer Loreto, 21

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Diário de Viagem: Barcelona - Capítulo 3

07.04


Planejar não tem sido meu forte aqui em Barcelona.

É óbvio que estou em férias, que ficar se programando pra fazer isso e aquilo, agenda cheia de horários etc. não parece nada com descanso.

Por outro lado, deixar tudo a esmo pode te fazer deixar de ver uma coisa ou outra na cidade e, pior, "perder" um dia porque os museus estão fechados naquela segunda-feira, por exemplo.

Falo isso porque o plano hoje era voltar à região do Porto, Bairro Gótico, Las Ramblas pra visitar o Museu Picasso, a Catedral (que não achei ontem...) e outras coisas que estarão fechadas amanhã.


Assim, saí do hotel convencido de que teria que comer logo - até porque a fome já apertava - e pegar o metrô até a estação de Drassanes para começar o dia de visitas.

Por sorte, o restaurante onde imaginei almoçar não era o que pensei, com o que tive que continuar a caminhada, passar por uma praça que não conhecia ainda - é nessas horas que você agradece por ter escolhido um caminho diferente - e acabar descobrindo uma pérola.


O restaurante até que fica numa rua movimentada, mas não imaginei que iria comer um dos melhores nhoques da minha vida, nem que a primeira experiência com o tradicional pão com tomate seria tão boa.

Ah, o retorno à região do Porto?

Ficou pra outro dia...



FachIndica:


Restaurante La Botiga - Carrer de Gandesa, 10

Flash Flash Tortillería - Carrer La Granada del Penedès, 25

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Diário de Viagem: Barcelona - Capítulo 2

06.04


Uma das coisas mais doidas aqui na Espanha é a questão de horário.

O fato dos dias começarem mais tarde que no Brasil, de existir uma pausa no meio do dia - a sesta - além das refeições serem feitas também sempre mais tarde, tem feito meu relógio biológico parecer descompensado todo santo dia.

Tudo parece um ciclo: não se consegue dormir cedo porque o jantar começa a ser servido depois das 20h30; por causa disso, levanta-se mais tarde, já quase na hora do almoço; com o dia reduzido, anda-se até a hora do jantar, o que faz o ciclo recomeçar...


Hoje tentei me achar pelas ruelas do Barri Gòtic e confesso: impossível!

Pois é exatamente isso que faz a fama do local, andar a esmo, sem destino certo, deixando que as novidades a cada esquina te surpreendam.

Para mim, no entanto, foi algo mais obscuro, confuso, difícil de se achar mesmo. Pareceu aquela música do Legião - "festa estranha com gente esquisita". Alternativo demais pra mim...

Mais a sul, o Port Vell trouxe um ar completamente diferente do gótico. Orla revitalizada, ambiente moderno, mais luz e vida.

Fim de noite com jogo no Camp Nou - frio e quieto, apesar de grande torcida e do espetáculo em campo - e tapas no pós jogo.




FachIndica:


Mercado La Boqueria - La Rambla, 89

Restaurante Creps Barcelona - Maremagnum, 2ª Planta

Bar Ciurana - Carrer de Can Bruixa esquina com Carrer de Vallespir

domingo, 16 de junho de 2013

Diário de Viagem: Barcelona - Capítulo 1

05.04


Depois de passar a noite praticamente em claro ao ouvir pela internet o jogo do São Paulo pela Libertadores, além da ansiedade em chegar a Barcelona, é claro que o corpo já não aproveitou tanto do trem senão dormir o trajeto quase todo.

Depois de chegar ao hotel, a ideia era fazer um passeio de reconhecimento pelas redondezas, especialmente para ver se a distância até o Camp Nou era razoável para se fazer a pé - já que dois "compromissos" estão marcados para este lugar.

Depois de muito caminhar, voltei ao hotel, tomei um banho e fui procurar um restaurante indicado em um dos vários folders que peguei na recepção do hotel.

Nem o sono, nem o cansaço fazem o mais mal humorado dos seres sair do Xàtiva sem um sorriso do rosto.

O garçom/maître Jordi é uma figura, misturando todos os idiomas que conhece ao (bem) receber os clientes e os servir as especialidades da casa.

Seja a cada pergunta ou pedido dos clientes, seja quando ele trazia algum prato ou cortesia - prepare-se, pois são várias... - é um agradecimento.

Isso mesmo, se você o agradece, ele agradece de volta, se você não diz nada, ele agradece!

Impressionante!

Quebra a carranca de qualquer um...



FachIndica:


Hotel Derby 4* - Carrer Loreto, 21

Restaurante Xàtiva L'Arrosseria - Carrer Bordeus, 35

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Diário de Viagem: Madri - Capítulo 7

04.04


Último dia sempre torna difícil decidir o que fazer, já que todo o resto vai ficar pra trás em breve.

Por sorte os dias anteriores me deram a chance de cobrir os principais pontos da cidade e a escolha por visitar o Palácio Real hoje não deixou a desejar.


É um clássico num país que é uma monarquia ir até a morada da autoridade máxima do país e ver como vivem e viveram gerações da família real espanhola.

Por sorte também - ou azar praqueles que não suportam - tive pela terceira vez em meu carro no metrô aqueles músicos populares que mostram sua arte em troca de algumas moedas e alegram um pouco o dia dos passageiros.

A sensação do dia foi "puxa, como tudo é perto aqui em Madri!".

Diferente de Berlim, por exemplo, que é uma cidade muito espalhada, Madri te permite fazer praticamente tudo a pé num raio relativamente pequeno de ação.

Essa "proximidade" te permite andar várias vezes por lugares "conhecidos", por assim dizer e te proporcionam descobrir locais como o Cafe de Mahón.

De ambiente agradável, porém diferente; com música não convencional, mas interessante, é diversão garantida!


Ah, última dica, não deixe de experimentar os molhos - e suas misturas - no Hamburguesa Nostra.

Não se acanhe, mas é possível que um único hambúrguer seja pouco pra testar todos os sabores...



FachIndica:


Palácio Real - Calle Bailén, s/n

Café de Mahón - Plaza Dos de Mayo, 4

Hamburguesa Nostra - vários pela cidade - El Corte Inglés Callao

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Diário de Viagem: Madri - Capítulo 6

03.04


É incrível como, por mais tempo que se passe num lugar durante suas férias, sempre há algo desconhecido, mesmo perto do hotel onde se está hospedado.

Essa é a sensação com que saio hoje de Madri.

Este já é o sexto dia na capital espanhola e acabo de descobrir que não conheço nada da cidade ainda...

O que é fantástico, porque já deixa um gancho - e aquela vontade incubada - de voltar em breve.

O clima parece de despedida, mas não é bem assim - ainda que amanhã seja meu último dia por aqui.

Portanto, dia cheio hoje!

Com direito ao clássico Museu do Prado, almoço imperdível no La Vaca Verónica e...

...uma das coisas por que mais aguardei nesta viagem: assistir a um jogo da Champions League no estádio!

Seria minha primeira experiência depois da frustrada tentativa de ver a final do ano passado em Munique.



E foi espetacular, como manda o figurino!

Timaços em campo, show de organização, jogo muito bom, gols...

E ainda há o requinte do hino da competição com a bandeira tremulando no meio do gramado.

Eles realmente sabem como transformar um simples jogo de futebol num espetáculo!

Na volta, metrô lotado com todos os torcedores que estavam no estádio - que até aquecedor tem, pasmem! -, mas nada que uma caminhada até uma segunda estação próxima não resolvesse.


Conta-se também com a vantagem de se sentir seguro de andar à noite pelas ruas de uma cidade grande, coisa pouco comum nas nossas cidades, infelizmente!

Resumindo, esse é o tipo de evento que merece ser repetido, várias e várias vezes.






FachIndica:


Restaurante La Vaca Verónica - Calle Moratín, 38

Museo del Prado - Paseo del Prado

Estádio Santiago Bernabéu - Avenida Concha Espina, 1

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Diário de Viagem: Madri - Capítulo 5

02.04


Você, por acaso, imagina o tamanho da coleção "particular" de arte da rainha?


Isso, ela mesma, aquela senhorinha que governa não só a Inglaterra como o Reino Unido todo, a Rainha Elizabeth, sabe?


Pois é, eu também não tenho ideia de quantos quadros, esculturas, obras de arte em geral ela tem em casa, mas devem ser muitas!

Então! Aqui em Madri, um casal entrou nessa onda de colecionar objetos de arte e quase alcançou a rainha. Ao que consta a coleção deles é a segunda do mundo!


O casal de quem falo são o Duque e a Duquesa Thyssen-Bornemisza e a coleção deles, organizada cronologicamente desde os antigos até os modernos, fica exposta num belo prédio que abriga o Museu Thyssen.


Mais à noite tive outra daquelas experiências que só o futebol proporciona.

Voltando pro hotel, morrendo de fome - pra variar - e tentando achar um lugar onde estivesse passando o jogo do Barcelona.

Felizmente achei, ainda que esteja na cidade do arquirrival Real Madrid, um bar cujas paredes indicavam ser uma casa atleticana e onde um grupo de senhores torciam fervorosamente contra o time catalão.

Eram quatro ou cinco que se alternavam na mesa do fundo com vista VIP para a televisão.

Senhores com idade para ser quase meus avôs, mas que tinham entre si uma relação que parecia existir há anos, com direito a beijinho na cabeça, "briga" para ver quem pagava a conta e piadinhas mil entre eles.

O jogo virou detalhe...



FachIndica:


Restaurante Taj - Calle Marques de Cubas, 6

Museo Thyssen-Bornemisza - Paseo del Prado, 8

Bar La Fornia - Calle Montesa, 9

domingo, 9 de junho de 2013

Diário de Viagem: Madri - Capítulo 4

01.04


Hoje tive a impressão de ter participado de um filme de James Bond.

Digo, não exatamente, mas vocês precisam ir ao restaurante La Finca de Susana...

O ambiente, se é que nunca foi usado pra isso, é muito parecido com o daqueles restaurantes chiques em que o agente 007 está quando uma bomba explode ou um carro "desgovernado" invade o salão ou ainda onde ele conhece as Bond Girls...

O requinte de crueldade para que a semelhança se estabeleça é o balé que os garçons e garçonetes - asiáticos em sua maioria - promovem ao flanar pelo local seja com pratos, seja com pedidos e contas nas mãos.

Deixando o excesso de imaginação de lado agora e me fixando na comida, recomendo que não percam uma sobremesa simplesmente espetacular que provei lá: é um flan de laranja com creme inglês. Delicioso!



Continuando no quesito gastronomia - depois da caminhar pela Calle Mayor, rua de comércio aqui em Madri -, parei na Uvepan, uma cafeteria que reúne sofisticação e simplicidade ao mesmo tempo. Boa opção para uma pausa no meio da tarde.


Cheguei assim à Gran Vía, que para mim pode ser resumida como um misto de Broadway - por seus vários teatros reunidos - e 5ª Avenida - cheia de lojas das mais famosas marcas mundiais.


Aqui é possível passar horas e horas subindo e descendo sem se cansar da vista.


Fim do dia reservado para experimentar uma cervejaria alemã perto de casa.

O hambúrguer é delicioso - a dificuldade está em escolher um deles -, a oferta de cervejas do mundo todo é ampla, a música é boa etc.

É como um pub inglês, mas com motivo alemão.

O ponto contra foi o serviço, muito devagar na noite em que estive ali.



FachIndica:


Restaurante La Finca de Susana - Calle Arlaban, 4

Cafeteria Uvepan - várias pela cidade - Calle Mayor, 30

Bar La Casa de la Cerveza - Calle Juan Bravo, 64 (esquina com Calle de Alcántara)

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Diário de Viagem: Madri - Capítulo 3

31.03




Sabe aquela sensação de participar de uma tourada (nem que seja só assistindo)?


A expectativa do toureiro antes de soltarem o touro em sua direção...

Os gritos de olé dos espectadores...

As dezenas de fugas do homem do lenço vermelho...

As inúmeras quase chifradas que se leva, ou se dá dependendo de pra quem se torce...

Pois bem, também não conheço essa sensação!

Mas a visita à Plaza de Toros de Madri te remete a essas imagens que sempre temos em mente quando o assunto é tourada.



Mas o domingo madrileno é efetivamente completo só - e somente só - se você se juntar a uma horda de locais e turistas pelas ruazinhas apinhadas de barracas vendendo de tudo que se possa imaginar.

Não, não é sonho - nem pesadelo!

Você está em El Rastro, o mercado popular de artesanatos e variedades de Madri.

Agora, apesar de encontrar um monte de bugigangas, brinquedos para as crianças, objetos de couro, arte etc., o passeio não teria sido o mesmo se não tivesse entrado na San Millan, uma dessas cervejarias que já se fundiram em minha memória afetiva com a Espanha, ou com Madri pelo menos.

Na calçada, dezenas de mesas e cadeiras ordenadas de forma meio desordenada (ou de um jeito que ainda não pude compreender).


Ao abrir a porta do salão, um balcão ao fundo, uma meia dúzia de barris - daqueles de madeira mesmo, como nos filmes de piratas - servindo como apoio para uma infinidade de clientes que tentam conversar entre si por cima da gritaria dos garçons por detrás da "barra" - o balcão - formando um coro ensurdecedor de vozes por todo o ambiente.

O barulho diminui quando você atinge a "barra" e pede seu prato e suas duas "cañas" por módicos €5!

Parece que todo o universo pára enquanto você aprecia suas garfadas de tortilla regadas à cerveja local.



A noite foi reservada para um dos lugares que parece ter sido feito para fazer novas amizades: um estádio de futebol.


Ainda no Brasil tinha comprado pela internet o ingresso do jogo do terceiro time do campeonato - o Atlético de Madrid -, o que ofereceria ainda a satisfação de conhecer mais um estádio europeu - o Vicente Calderón.


Para amantes do esporte, como eu, é uma experiência daquelas que gostaríamos de ver no Brasil. Poder ver um jogo de um dos melhores campeonatos do mundo, num estádio bem estruturado e cheio - apesar da chuva -, com jogadores de primeira linha em campo e ainda por cima com uma torcida que não pára quieta um minuto sequer!

Aí, terminado o jogo, você chegando em casa, aquela fomezinha de fim de noite, escolhe a saída errada do metrô, sobe as escadas e se depara com um lugar que nunca viu na vida...

Poxa, sair procurando a rua do hotel quase meia-noite e o estômago pedindo alguma coisa é crueldade.

Nessas horas que o destino joga a favor, entrei numa padaria - isso mesmo! tinha uma padaria aberta essa hora da noite de um domingo no bairro do meu hotel em Madri - pra perguntar sobre a rua que deveria ir.

Como o destino é meio brincalhão, o barista não conhecia minha rua, então toquei a procurar sozinho.

Até que não foi muito difícil encontrar, daí que resolvi matar aquela fome...

Voltei pra padoca!



FachIndica:


Plaza de Toros de Las Ventas - Calle Alcalá, 237

El Rastro - Plaza de Cascorro

Cerceveria San Millan - Calle Toledo, 61

Estación de Atocha - Plaza del Emperador Carlos V

Estádio Vicente Calderón - Paseo de la Virgen del Puerto, 67

Nurielle - Calle de Juan Bravo, 52 (esquina com Calle del Conde de Peñalver)

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