domingo, 29 de julho de 2012

Diário de Viagem: Amsterdam - Capítulo 4


16.05

Dia de despedidas em Amsterdam.

O plano era tomar café e viver a Heineken Experience, para então voltar ao hotel e pegar o transporte pro aeroporto.


O café foi um típico Full Irish Breakfastno Aran,o pub defronte ao hotel. Como não poderia ser diferente, mas agora sem motivo aparente, o chá foi a cortesia da vez.




Infelizmente a Heineken só abre para visitação às 11h da manhã e, como o percurso dura cerca de 1h30, não fiz o passeio...

Aproveitei para andar até o Cuypmarkt de novo de onde retornei à Heineken para olhar a lojinha pelo menos.

Depois das compras, foi voltar ao hotel e ir até Schiphol pegar meu voo para Munique.

Tot ziens!



Diário de Viagem: Amsterdam - Capítulo 3


15.05

Hoje foi o dia do "não", ou quase isso, pelo menos na questão de visitas a pontos turísticos.

A ideia logo cedo era fazer a parte noroeste da cidade, onde fica a famosa casa de Anne Frank (talvez o lugar mais visitado de Amsterdam), e continuar na direção da estação central, retornando até o final do dia à região central da cidade.


A noite tinha sido chuvosa, mas, apesar do chão ainda molhado, o sol dava as caras e parecia que logo não haveria mais sinal da chuva.


No trajeto do hotel até a Westerkerk (Igreja do Oeste) as nuvens reapareceram sem que houvesse alguma tentativa mais voluntariosa de São Pedro em molhar os pedestres e ciclistas.

A Anne Frank Huis fica bem ao lado da igreja, mas - e aí começa a saga dos"não" - a fila logo cedo é tão grande, cheia de grupos de turistas organizados em suas excursões, crianças em visitação escolar e turistas comuns que é de desanimar.

Lógico que as leituras prévias à viagem e as dicas dos amigos sobre a visita também influenciam no sentido de não gastar muito tempo com a visita, além, é claro, das pesadas nuvens de chuva no céu de Amsterdam.


Como a igreja abriria para visitação apenas às 11h, resolvi usar os 15 minutos de intervalo para procurar o Sint Andrieshofje (Pátio de Sto. André), que fica a poucos metros dali segundo o mapa. Procura inútil, já que o lugar estava fechado...


Retornei à Westerkerk, fiz a visita, que é grátis, mas não oferece nada de especial em seu interior, ficando a parte mais interessante do lado de fora - a praça e a coroa no topo da torre (a torre pode ser visitada mediante o pagamento de uma taxa de ingresso e, dizem, tem vista privilegiada da cidade).

Na saída da igreja a surpresa: uma chuva de pequenas pedras de gelo caía sobre aquela região da cidade! Por sorte, e como parece ser comum por aqui, a chuva logo passou e eu pude andar até o Brouwersgracht(Canal dos Cervejeiros), recheado de barcos-casa e situado em bairro tranquilo do norte de Amsterdam.


Dali, caminhei em direção à Ilha do Príncipe (Prinseneiland), lugar calmo e quase que puramente residencial.

  


Continuei, agora em direção à Companhia das Índias Ocidentais (West Indisch Huis) que, embora não aberta para visitação, vale pelo aspecto histórico.



Depois de muito andar e pouco visitar, acabei encontrando um restaurante italiano bem pequeno numa ruazinha perto do canal (Pane e Olio - Toscaanse Delicatessen). A sensação é a de estar na Itália!



Ali perto fica o Ons' Lieve Heer op Solder, um museu sobre a reconstrução de uma igreja dedicada a um Jesus das neves... Não vi nada de mais!

Depois da decepcionante manhã, com exceção do belo bairro de Jordaan,fui ao Café do Beurs van Berlagen, muito bem recomendado pelo guia da cidade.

O prédio é muito bonito, em frente a uma praça agradável e perto da 'de Bijenkorf', uma espécie de Gallerie Lafayette holandesa.



Como já havia comentado outro dia, na frente do hotel fica a Max Euweplein - plein em holandês é praça - onde está uma série de restaurantes.


O jantar foi no Aran Irish Pub, onde comi o irish stew da casa (cozido de cordeiro com batatas, cenoura, cebola e ervas) e tomei uma Wieckse Witte.

O ambiente é maneiríssimo, lembra o Reino Unido, o que, combinado com a boa comida, a boa música e o bom atendimento fazem do pub um lugar obrigatório para quem está situado perto do Vondelpark.

Para você ter noção de como o atendimento é fora de série, pedi um café que acabou demorando mais do que o habitual por que o garçom havia esquecido de pedir...


Resultado: quando ele me viu na mesa e se lembrou, me trouxe o café e disse que o café seria uma cortesia da casa.

Pra fechar o dia e praticamente a visita a Amsterdam dois fatos não podem passar desapercebidos.

O primeiro é sobre a educação do povo, sempre cordiais e preocupados em serem gentis sem ultrapassar o limite.

Lembra que o taxista no primeiro dia pediu licença para me perguntar de onde eu era? Então, nos museus parece ter uma regra de se perguntar o país do visitante e sempre a pergunta vem precedida de um 'If I may ask' (se eu puder saber, em tradução livre).

O segundo é muito mais uma constatação que pode servir de alerta para futuras visitas: venta muito por aqui! Em poucos dias, mesmo sendo verão e a temperatura não estar tão baixa assim, as mãos e os lábios já estão todos ressecados...O que me lembra minha mãe - e provavelmente a de muitos outros - dizendo pra gente sair sempre bem agasalhado.

Diário de Viagem: Amsterdam - Capítulo 2


14.05

O café da manhã do segundo dia (o primeiro inteiro na cidade) foi no De taart van m'n tante, localizado na Ferdinand Bolstraat, n° 10.



Com cardápio em holandês e a sorte de contar com uma atendente que falava muito pouco inglês a escolha foi pelo rumo.

Não me arrependi, a hollandse appeltaarte o cappuccino que escolhi estavam excelentes! Vale dar uma passada por lá.



Depois do café fui ao Albert Cuypmarkt, um mercado de rua quase que permanente (fica "aberto" durante toda a semana).


Ali se encontra de tudo: roupas, flores, artigos eletrônicos, comida (destaque para os queijos, frangos e peixes) e até promoção de farmácias.

 


Pertinho dali está o Sarphatipark. Incrível a quantidade de crianças que estavam por lá hoje, parecia hora do recreio da escola. Outras, menores, acompanhadas de suas mães passeavam pelo parque.


 


Não deixe de passar pela Pieter Cornelisz Hoofstraat, recheada de marcas famosas, fica bem perto do hotel e termina num dos acessos ao Vondelpark.

Ali mesmo, no n° 87, fica o CaffePC, restaurante simpático de boa comida, com wifi grátis (não tem sido fácil encontrar conexão sem precisar pagar em Amsterdam... nisso o hotel perde pontos) e repleto de gente bonita e bem arrumada.

[Dica: não deixe de pedir batatas fritas! Elas acompanham quase todo tipo de refeição e você vai querer matar o mané que frita as batatas que você anda comendo no Brasil.]

A tarde foi destinada aos museus.

Primeiro o Rijksmuseum, ainda passando por reforma e com poucas salas abertas a visitação, mas que apresenta belas obras de Rembrandt e Vermeer. Aqui as fotos são permitidas, desde que não se use o flash.



Depois foi a vez do vizinho Van Gogh Museum, que apresenta obras do próprio artista, assim como daqueles que o inspiraram ou ainda viram nele inspiração para suas pinturas.



Não deixe de visitar o prédio anexo também com obras de Van Gogh.

No café do museu é possível ter uma bela vista do parque que une os dois museus às portas da Concertbegouw, a sala de concertos mais famosa da cidade.



[Dica: se você vir um anúncio do sorvete Ben & Jerry's em alguma esquina, experimente! É a prova de que lugares que têm a fama de produzir bom leite fabricam ótimo sorvete.]


A pior parte de Amsterdam é que a cidade turística abre tarde e fecha cedo. Então é bom sair com disposição do hotel e ficar andando pela cidade até que os lugares de visitação ou compras fechem as portas. Aí é hora de comer alguma coisa e só depois voltar pro hotel. Como a vida noturna é agitada, dá tempo de sobra caso role uma saída mais tarde.

[Dica: com os dias claros até altas horas - tem escurecido depois das 21h30 por aqui nessa época -, aproveite os parques da cidade. Ande sempre comum livro na mochila, ele faz a combinação perfeita com os gramados em dias de sol.]


Diário de Viagem: Amsterdam - Capítulo 1


13.05

A chegada ao aeroporto de Amsterdam (Schiphol) foi coroada com uma belíssima impressão. A estrutura do aeroporto é de dar inveja aos melhores do mundo!

A quantidade de lojas e restaurantes impressiona não só pela quantidade, mas também pela qualidade que oferece. Em contrapartida os preços não estão tão baixos assim, confesso que esperava mais (ou menos, se você pensar na altura dos €)!

Depois de uma volta por ali, como já era hora de almoço, resolvi agilizar a ida para o hotel e me dirigi ao controle de passaporte - a pior parte da viagem até então! Ao contrário dos bons momentos em que se é confundido com os locais, o sujeito quis saber o que eu fazia ali, quanto tempo ficaria, se iria para mais países etc., mas, enfim, passei...

Recolhi minha bagagem e fui procurar a saída do aeroporto, mas não sem antes passar pela revista final... Ali outro sujeito queria saber o que eu tinha na mala e pediu para passar pelo raio-X!

Na minha frente três brasileiras passando pela mesma situação e tendo que responder a outro guarda quanto de dinheiro traziam para a Holanda! Por sorte, ou por não haver nada de ilegal, passamos todos por mais esta etapa.

Foi quando parei no quiosque de informações do aeroporto para descobrir como chegar ao hotel (Park Hotel, recomendado, anote este nome!). A moça, simpática e cordial como têm sido os holandeses desde os comissários de bordo da KLM até agora, me deu nada menos que quatro opções para fazer o trajeto (1. ônibus; 2. tram + ônibus; 3. um serviço de van (shuttle); 4. táxi).

shuttle custa €16 e passa a cada 15 minutos no aeroporto, cobrindo todos os hotéis de Amsterdam!

Os Mercedes - quero dizer, os táxis – com câmbio automático, dirigidos por motoristas de terno e gravata, silenciosos como os condicionadores de ar prometem nas propagandas (e nunca é verdade, pelo menos comigo...) custam um pouco mais (de €30 a €40, segundo o motorista), mas te permitem viver uma experiência única de “flutuar” pelas estradas que ligam o aeroporto ao centro da cidade.

Pausa para falar sobre o motorista: um jovem de 20 e poucos anos, nascido em Haarlem, estudante numa cidade vizinha a Amsterdam e que trabalha no aeroporto, dirigindo táxis aos finais de semana, como forma de ocupação e ajuda no sustento.

O povo, de maneira geral, parece bem educado, polido, cortês mesmo! Chegam a ser até meio tímidos, desconcertados às vezes ao se preocupar com o outro, pedindo licença para perguntar de onde vem, o que faz aqui...

Depois do check-in, o almoço foi no Hard Rock Café, que está nada mais, nada menos que em frente ao hotel. Serve muito bem para aqueles momentos em que bater a fome e você tiver que comer alguma coisa sem se preocupar se vai gostar ou não, já que seu cardápio é a essência da comida internacional.


À tarde, depois de um passeio a pé pela cidade, passei em frente à Dutch Homemade, uma sorveteria/chocolateria que fica na Rozengracht, por volta do n° 35. Perguntei quais eram os sabores de sorvete mais vendidos e a resposta foi de certa forma surpreendente, a não ser pelo já tradicional chocolate: macadâmia e manga! Experimentei os dois primeiros (tive que deixar o de manga de fora) nas cadeirinhas que ficam na calçada, bem na frente da vitrine da loja.


Depois de uma longa caminhada de volta às redondezas do hotel, dei uma volta no Vondelpark: obrigatório! Como esse tipo de coisa faz falta no Brasil: parque impecável, sem uma sujeira no chão, dezenas de pessoas sentadas nos gramados, outras tantas em seus patins ou bicicletas percorrendo as vias do parque.

 

O jantar foi no O'Donnell's, um pub no estilo irlandês localizado na praça em frente ao cruzamento entre a Ferdinand Bolstraat e a Quellijnstraat.



Além da famosa cerveja Guinness, servem a Shepherd's Pie, receita tradicional à base de carne, ervilhas e cenoura cozidas, coberta de purê de batatas e levada ao forno para gratinar a espessa camada de queijo que leva em cima.




A boa música e a atenção no atendimento - na falta de garçom no salão, o próprio barman veio até minha mesa tirar o pedido - fazem do O'Donnell's um bom lugar para o fim do dia.


Diários de Viagem: O Retorno!


Pra quem acompanhou os "Diários de Viagem" no ano passado - e gostou, é lógico! - boa notícia!

Eles estão de volta, agora numa versão um pouquinho mais longa, com mais cidades e mais capítulos no total.

Nesta edição, começamos o tour  por Amsterdam (Holanda), vamos para Munique (Alemanha), depois a Viena (Áustria), passamos por Budapeste (Hungria) e terminamos o roteiro em Berlim (Alemanha).

Espero que gostem e boa viagem!


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