domingo, 2 de outubro de 2011

Diário de Viagem: Roma - Capítulo 3

03.09

Hoje o dia foi menos cansativo que ontem, mas não começou muito bem.


Pra quem conhece o Rio de Janeiro, é como ter chegado na Central do Brasil em obras num dia "meio-útil".

Pois foi assim que me senti ao chegar na estação Roma Termini (aquela mesma da chegada) pra pegar o metrô pra Villa Borghese.

Estação em obras (até parece que são eles a se preparar para a Copa do Mundo ou as Olimpíadas), tapumes para todos os lados, alguma desorganização e pouca informação fora e dentro da estação.

A entrada indicada nos tapumes leva à plataforma da Linha B, a outra, já que eu precisava usar a Linha A.

Lá embaixo, ninguém pra dar informação e eu, de novo, fui perguntado sobre as direções por gente que eu imaginei saber bem mais do que eu.

Finalmente, seguindo um pouco a intuição, um pouco o fluxo de pessoas e as poucas indicações que existiam descobrimos que teríamos que embarcar pela Linha B e andar até a plataforma da Linha A para pegar nosso trem.

O final da linha também não é muito animador... 


Ao descer na estação Spagna e depois de andar bastante lá dentro pra chegar na saída do parque onde fica o museu, a impressão é de abandono total.

A saída da estação dá pra uma parte do parque não muito cuidada e, como era uma manhã de sábado, o lugar estava meio deserto também.








Atravesso o parque e chego à bilheteria do museu para pegar meu ingresso e entrar na Villa. 












A partir daí o que se vê é uma coleção de respeito, a começar pelas pinturas nas paredes e no teto das salas.

A sala de entrada tem um teto magnifico, com uma pintura que deixaria a de muitos museus mundo afora constrangidas. 


Entro na primeira sala à esquerda e voilá, uma sucessão de Caravaggio. Sério, a sala deve ter bem uma meia dúzia de quadros dele. 


Fora isso, o museu ainda tem obras de Rafael e Ticiano, "só" isso!

Mas a grande (e agradável surpresa) fica por conta das esculturas. 


Ainda no primeiro andar na sala que fica exatamente atrás da entrada, um grande número de obras que incluem mesas e bustos em mármore das mais variadas cores, do tradicional branco ao negro, passando ainda por outro em tom de vermelho.

Mas é andando pelas salas que se descobre a habilidade de Gian Lorenzo Bernini, um exímio escultor que tem duas obras primas expostas ali: 'Apolo e Dafne' & 'O Sequestro de Perséfone'.

A visita fica muito bem paga ainda pela bela escultura de Antonio Canova, 'Pauline Borghese' que parece flutuar num colchão de mármore.

Finalmente, o passeio pelo Parco della Villa Borghese, já mais movimentado e cheio de vida fecham com chave de ouro a visita.

 





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Duas dicas gastronômicas do dia e que mostram que comer na Itália não se limita a pizza e massa.

A primeira é experimentar o 'funghi gratinati' do 'Ristorante Edy', que fica no Vicolo del Babuino, 4. 



 





É simples, entre a Piazza del Popolo (no final do Parco della Villa Borghese, caso queira aproveitar o passeio) e a Piazza di Spagna está a Via del Babuino e a ruazinha do restaurante é uma das primeiras do lado esquerdo (sempre considerando que você está saindo da Piazza del Popolo).

A segunda é mais ousada, mas remete a meus dias de Nigéria, onde experimentei de verdade comida indiana. 


Isso mesmo, todos próximos um ao outro, pude ver três restaurantes indianos em Roma. 


Eles ficam nas ruas 'Via dei Serpenti' e 'Via Cimarra', mas só consegui provar a comida do 'Le Guru', na simpática e escondida Via Cimarra. 






Depois é só chegar na esquina, atravessar a Via dei Serpenti e tomar um belo gelato de 'limone e basilico' numa sorveteria artesanal que existe ali. 








Vale a pena pela combinação diferente de sabores.

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