domingo, 30 de junho de 2013

Diário de Viagem: Porto - Capítulo 3

13.04


Hoje o dia foi de muita correria pra fechar as malas - com tudo dentro, óbvio -, dar uma última olhada na cidade e partir de volta pra casa.


Mas deu tempo - e como deu - pra apreciar o excelente restaurante na esquina da Estação de São Bento.

Com serviço de menu - você escolhe dentre várias opções de entradas, pratos principais e sobremesas e monta seu próprio combo - a preços bem em conta e a comida é das melhores que comi na viagem.



Eu, por exemplo, por €20 comi uma salada caprese, um fofo - ou suflê - de bacalhau, um financier de amêndoas com sorvete de canela, além de vinho e café.

Retorno garantido quando estiver no Porto.




FachIndica:


Restaurante Astória - Hotel Intercontinental - Praça da Liberdade, 25

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Diário de Viagem: Porto - Capítulo 2

12.04


O segundo dia - o mais turístico na acepção da palavra - também serviu pra provar que nem tudo funciona sempre bem nas viagens.


Depois de uma manhã agradável em Gaia - a cidade do lado de lá do Rio Douro -, apreciando a vista do Porto, passeando pela orla e degustando a harmonização de vinhos do Porto com chocolates, tivemos - eu e uns coleguinhas - que esperar por quase uma hora até o próximo ônibus vir nos pegar.

O detalhe positivo é que na Cave que visitei - e onde degustei dois vinhos do Porto - havia, além do excelente atendimento, sofás para sentar e barris de vinho para apoiar as taças, um quiosque com chocolates para a harmonização. As combinações ficaram bem boas: tomei um branco acompanhado de um bombom de mel, o tinto teve a companhia de uma trufa de framboesa.

Mais à noite - do lado de cá da orla, que merece a visita - acabei parando no Restaurante Vinhas D'Alho (não vou dar o endereço, mas fica o nome para o caso de você passar em frente).


O lugar é bonito, boa vista, cara de bom... Mas a sucessão de decepções começa pelo fato de você não poder tirar foto do lugar (!?), seguida pela demora entre pedir a conta e ela chegar, soma-se aí que a conta veio errada, e quando veio certa ainda levei um tempão pra conseguir pagar...

Mas o pior de tudo foi ter que assistir a uma discussão insana entre a dona do lugar e um garçom que solenemente se recusava a respondê-la com o mínimo de respeito, parecia acreditar ser ele o dono do estabelecimento e que representava um papel forçado de simpatia à frente dos clientes.

Espero ter sido eu - por falar português e, por consequência, entender o que eles diziam - o único a captar os detalhes da discussão, mas seguramente quem prestasse um pouco de atenção iria notar que o tom da "conversa" não era nada agradável.



FachIndica:


Cafeteria Nata - Rua de Santa Catarina, 499

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Diário de Viagem: Porto - Capítulo 1

11.04


O primeiro dia no Porto foi uma grata surpresa, especialmente pra quem não sabia exatamente o que encontrar. E muito se deve às pessoas que conheci por aqui.

O trajeto entre o aeroporto e o hotel foi brindado pelo taxista que me explicava os principais pontos por onde passávamos e recheando os comentários com dicas sobre a cidade.

Entramos inclusive num papo sobre as diferenças entre o Porto e a capital, Lisboa, tendo chegado à conclusão que as únicas coisas que as assemelham são a presença de um rio e do mar, nada mais.


E toda esta cordialidade foi comprovada por Silvia, a recepcionista do hotel, que - mesmo já estando de saída - se prontificou a me mostrar pessoalmente o restaurante e o bar do hotel, além de circular no mapa da cidade os pontos turísticos e gastronômicos do Porto.


Aqui vai uma dica, o hotel é muito bom e bem localizado. Os outros que pesquisei ficam numa área mais residencial, porém me pareceram de mais difícil acesso.

No já habitual tour de reconhecimento, conheci Luciano, motorista de um daqueles ônibus turísticos de dois andares. Um senhor simpático e que gastou quase todo o tempo da parada que fazia para me explicar o trajeto do ônibus, os pontos de paragem - como se diz por aqui - e oferecer a última corrida do dia como cortesia.

Mas a grande surpresa estava reservada pra noite! O jantar no Postigo do Carvão foi uma dessas experiências para a vida.

Garçons educados e gentis te recepcionam, desejam "bom apetite" aos clientes e retornam às mesas para checar se está tudo certo.

O dono do restaurante prepara drinks de boas vindas e, pessoalmente, veio  me oferecer uma salada e perguntar como estava o prato, mesmo estando a limpar pratos, guardar taças e cuidar do filho de uns 7/8 anos que zanzava pelo salão.

Eles ainda servem uma série de entradas - não perca o bacalhau empanado - e o prato é tão bem servido que daria pra alimentar duas pessoas certamente.



FachIndica:


Hotel Teatro - Rua Sá da Bandeira, 84

Restaurante Abadia do Porto - Rua Ateneu Comercial do Porto, 22-24

Restaurante Postigo do Carvão - Rua da Fonte Taurina, 24-34

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Diário de Viagem: Barcelona - Capítulo 6

10.04


Ah, eu tinha que dar uma segunda chance ao Barri Gòtic, né?

Não poderia ir embora de Barcelona sem tentar entender ou sentir um pouco mais de um dos ambientes mais característicos daqui.

Andar por La Rambla, xeretar as barraquinhas, entrar nas lojas do labirinto gótico, tudo isso faz parte da alma barcelonesa.

Um pouco de sorte, um pouco de acaso me fizeram achar hoje - diferente da primeira passagem por aqui - a Plaça Reial com certa facilidade.


É um lugar cheio de bares e restaurantes, encravado no meio de prédios antigos e bem ao lado de La Rambla.

Aí entra a sorte de ter pesquisado ontem um lugar pra almoçar e ter encontrado o Les Quinze Nits, de comida muito boa, mas que reserva o melhor pro final...

Não deixe de provar o helado de turrón con galleta, espetacular! Talvez a melhor sobremesa da viagem.


Outra coisa que não poderia ficar como estava era minha impressão com a torcida do Barça, quieta no sábado em partida pelo Campeonato Espanhol, hoje em jogo de Champions não poderia ser o mesmo.

Ainda mais porque o adversário é muito superior ao anterior e um resultado positivo os levaria à semi-final da competição.

E isso mudou, desde cantar o hino do clube antes e depois da partida, como cantar a todo momento de dificuldade por que o time passou durante o jogo e também na tentativa de calar o barulho da pequena, mas inquieta torcida adversária.



O time não jogou bem, se complicou ao tomar um gol que os deixaria de fora da competição, mas o talento do craque mudou o destino do jogo.

Messi, no banco por contusão e ainda não recuperado totalmente, entrou no segundo tempo, com placar adverso e fez duas belas jogadas - uma delas a do gol de empate - e não mais, era como se o time jogasse com um a menos...

Por sorte - ou extrema competência - o "pouco" que ele fez foi suficiente para mudar o time. O empate levou o Barça às semi-finais.



FachIndica:


Restaurante Les Quinzes Nits - Plaça Reial - Passatge Madoz, 3-5

Il Caffè di Roma - Avinguda Diagonal, 466

domingo, 23 de junho de 2013

Diário de Viagem: Barcelona - Capítulo 5

09.04


É impressionante como a imagem dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, ainda estão presentes na minha memória.


Imagino que seja uma consequência do fato de ter sido o primeiro grande evento esportivo que acompanhei, além de ter tido momentos marcantes para nós, brasileiros, como a inesquecível medalha de ouro do time de vôlei masculino, numa final histórica contra a Holanda.


Agora, mais gostoso que relembrar esses fatos por estar na cidade onde tudo isso aconteceu é poder visitar o lugar onde essas coisas foram realidade.

Subindo o Montjuïc - Monte Judeu em catalão, já que no passado aqui em cima havia um cemitério judeu -, encontrei o Poble Espanyol, um local construído com inspiração em várias vilazinhas ibéricas e casa do artesanato barcelonês.

Aqui encontrei desde esculturas em vidro, trabalho com cortiça, ferro, cerâmica, sabonetes artesanais, fotografias, até a barraca de sorvete de um brasileiro de Sorocaba, na Espanha há 13 anos.

Foi bom botar a conversa em dia com um conterrâneo depois de dez dias de viagem, captar suas percepções da situação na Europa e como é a vida de alguém fora de seu país. Só tenho a agradecer à moça romena da loja de chocolates artesanais, que me deu a referência.

Mas voltando ao tema olímpico - impulsionado em nossas mentes e corações, já que em breve seremos nós o país das Olimpíadas -, é bom ver que a estrutura montada ainda continua em excelente estado, servindo não apenas para a prática esportiva dos espanhóis, mas também como local de intensa visitação turística.


Ali é possível visitar, por dentro, o Estadi Olímpic, contruído em 1929 e aproveitado para as principais cerimônias e disputas dos jogos de mais de 70 anos depois. Consegui ver ainda o Palau Sant Jordi - o ginásio dos jogos -, as piscinas olímpicas - cheias de nadadores -, e o parque muito bem arquitetado que integra todo esse complexo.


O Montjuïc ainda me proporcionou visitar o (mini) museu olímpico e a Fundació Joan Miró, mas há mais a ver lá em cima.


Começo da noite e eu vim parar no George Payne Irish Bar, pertinho da Plaça Catalunya, para assistir aos jogos de terça-feira pelas quartas-de-final da Champions League.

Lugar animado, cheio de gente jovem, boa comida, a sempre tradicional seleção de cervejas e jogos de arrebentar, que levaram - com muita emoção e sustos - Real Madrid e Borussia Dortmund às semi-finais da competição.




FachIndica:


Restaurante Dehesa Las Encinas - Carrer Loreto, 30

George Payne Irish Bar - Plaça de Arquinaona, 5

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Diário de Viagem: Barcelona - Capítulo 4

08.04


Roteiro turístico total hoje! Com direito a ônibus de dois andares e tudo...

Confesso que ainda estava meio cético quanto às belezas da cidade, já que não me interessei muito pelos museus daqui e o mote "Barcelona de Gaudì", martelado até cansar, na verdade mais cansava mesmo do que empolgava.

Tinha a impressão de que eram aquelas obras modernistas demais, cheias de conceitos tão subliminares que só os mega estudados de arte saberiam encontrar (ou nem eles)...

Mas vou dizer que a Barcelona de Gaudì que encontrei foi fascinante!

A começar pela Casa Batllò, obra prima que concentra um visual ultra diferente, mas com conceitos tão simples que até uma criança pode entender.

Minha sorte foi ter lido um email de uma amiga que dizia textualmente "não economize na entrada da Casa Batllò"...

E é exatamente isso, ainda que o preço seja meio salgado, em dois minutos dentro da casa você vai se esquecer completamente do que pagou.

O roteiro gaudiniano ainda me levou à Sagrada Familia - de interior impressionante - e ao irresistível Park Güell - de onde se pode ter uma vista belíssima da cidade.


Sabe o que é ainda melhor? Existe um combo em que, na bilheteria da catedral, você compra os ingressos da igreja e do museu/casa de Gaudì no parque por um preço reduzido.


Ainda sobrou tempo para ajudar duas senhoras francesas na saída do Park Güell e um grupo de brasileiros no Camp Nou.



FachIndica:


Café The Times - Carrer Loreto, 21

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Diário de Viagem: Barcelona - Capítulo 3

07.04


Planejar não tem sido meu forte aqui em Barcelona.

É óbvio que estou em férias, que ficar se programando pra fazer isso e aquilo, agenda cheia de horários etc. não parece nada com descanso.

Por outro lado, deixar tudo a esmo pode te fazer deixar de ver uma coisa ou outra na cidade e, pior, "perder" um dia porque os museus estão fechados naquela segunda-feira, por exemplo.

Falo isso porque o plano hoje era voltar à região do Porto, Bairro Gótico, Las Ramblas pra visitar o Museu Picasso, a Catedral (que não achei ontem...) e outras coisas que estarão fechadas amanhã.


Assim, saí do hotel convencido de que teria que comer logo - até porque a fome já apertava - e pegar o metrô até a estação de Drassanes para começar o dia de visitas.

Por sorte, o restaurante onde imaginei almoçar não era o que pensei, com o que tive que continuar a caminhada, passar por uma praça que não conhecia ainda - é nessas horas que você agradece por ter escolhido um caminho diferente - e acabar descobrindo uma pérola.


O restaurante até que fica numa rua movimentada, mas não imaginei que iria comer um dos melhores nhoques da minha vida, nem que a primeira experiência com o tradicional pão com tomate seria tão boa.

Ah, o retorno à região do Porto?

Ficou pra outro dia...



FachIndica:


Restaurante La Botiga - Carrer de Gandesa, 10

Flash Flash Tortillería - Carrer La Granada del Penedès, 25

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